segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

UM POUCO DE AVENTURA


MOTO I SERRA URUBICI

PILOTOS E VEICULOS

José Westrup com o triciclo e seu filho Abelardo com a moto;
Um triciclo de fabricação artesanal ano e modelo 2001, na cor vermelha;
Uma moto NXR 125 bros ano e modelo 2004, na cor azul.

Em lgum lugar proximo aos costões da serra do mar (Grão Pará)

A VIAGEM

Deixando a comodidade de lado, optamos fazer o percurso até Urubici, pela serra do corvo branco, voltando por outro caminho, passando por diversos trechos de estradas de chão, comendo poeira, mas passando por locais com magníficas paisagens como as que encontramos em Imarui, Grão Pará, Urubici, Alfredo Wagner, Anitápolis e São Martinho, o tempo colaborou durante todo o período e assim podemos desfrutar das paisagens por onde passávamos.Programados para sair às 08:00hs do dia 14/08/04, um pequeno contratempo ocasionou um atraso de uma hora, o fato é que no dia anterior deixamos a bateria do triciclo carregando, no estabelecimento comercial de um amigo, e junto com a bateria, é lógico, o triciclo, que ficou “internado”. Combinamos com o amigo, que o mesmo viria abrir seu estabelecimento ás 08:00hs e de imediato pegaríamos estrada, porem o nosso amigo (da onça), se esqueceu de seu compromisso e veio abrir seu comercio no horário normal, ou seja, ás 09:00hs.

ROTEIRO

Saindo de Laguna, de inicio pegamos a BR 101, até o local conhecido por km 37, a poucos quilômetros, dando inicio a um trecho de estrada de terra, passando por comunidades do interior de Laguna e Imarui (37, barreiros, Pescaria brava, Siqueiro, Sitio Novo, Samambaia, São Tomas e Rodeio). Onde foi tirada a 1ª foto da jornada, na divisa entre Imarui e Armazem no local denominado Rodeio, tendo ao fundo a lagoa de Imarui.

Já em Armazém, na localidade de Bom Jesus, atingimos a SC 445 até o centro da cidade, pegando a seguir a SC 431até Gravatal. Ao chegarmos em Gravatal, viramos a direita adentrando a SC 438 até Braço do Norte, cruzamos a cidade e seguimos pela SC 439 em direção a Grão Pará, após esta cidade, novamente rodávamos por estrada de terra, pois embora seja a continuação da SC 439, vamos encontrar asfalto apenas numa pequena extensão já no alto da serra do corvo branco.Neste trajeto passamos pela comunidade de Aiurê, já próximo a serra.Daí em diante tem inicio a aventura e o prazer que toma conta da gente quando se olha os imensos paredões formados pela serra e, as suas costas uma imensa região onde se localizam as cidades citadas e que em dias límpidos pode-se até avistar o mar.

A SERRA DO CORVO BRANCO

A serra do corvo branco foi aberta a braço por homens que no passado viam a necessidade de encurtar distancia entre o planalto serrano e o litoral catarinense, em busca de mercado para seus produtos e também para a compra de gêneros que não eram produzidos na serra, utilizando-se de picaretas, enxadas, pás e mulas. O trecho mais vertiginoso é de pequena extensão, porem o esforço despendido na sua construção deve ter sido enorme, numa época em que maquinas ainda não existiam, paredões de rochas foram recortados dando forma a uma estrada onde por muitos anos foi utilizada pelos tropeiros em suas viagens de comercio, a principio estreita dando passagem apenas a cargueiros, foi ao longo do tempo sendo adaptada às condições atuais, dando hoje passagem até para alguns tipos de caminhões.

Em sua extensão, vamos encontrar cachoeiras, quedas d’água, precipícios e uma flora abundante que reveste as encostas, diversos são os pontos de parada de onde se pode admirar esta exuberante obra da natureza que ladeia a estrada e, por que não dizer admirar também esta obra de engenharia construída pelas mãos de homens decididos que não se detinham pelos obstáculos a eles impostos.

Quem viaja pelo Brasil afora, observa que ao longo das rodovias brasileiras vamos encontrar normalmente ao lado de algum tipo de curso d’água, pequenas grutas, mostrando a religiosidade do povo em geral e, a serra do corvo branco não escapa a esta característica.

Ao se falar em serra, logo vem a imagem de curvas acentuadas, e estas no corvo branco, ganham em disparada da maioria das serras até mesmo a do rio do rastro.

Quando se passa pela serra do rio do rastro, encontramos o conforto do asfalto, as muretas de proteção, a iluminação noturna, e principalmente o ponto de apoio da PRE que constantemente desloca uma viatura pelo trecho em auxilio aos usuários, porem na do corvo branco, nada disso vamos encontrar e diante de uma emergência, necessariamente se deve ter sorte de algum outro aventureiro passar para prestar auxilio ou solicita-lo.

Passar por ali vale a pena, emociona.

Na seqüência, vamos encontrar outros pontos que mereciam ser visitados, mas não o fizemos, pois a intenção era chegar a Urubici. O almoço foi por volta das 02:30hs, num pequeno restaurante, onde fomos bem atendidos e nos serviram uma comida simples, pois, em virtude do horário tivemos sorte de encontrar alguma coisa para saciar nossa fome.

Após o almoço, pedimos informações de onde estava sendo realizado o encontro e se conheciam Robson Tomiello, um amigo do Abelardo de quando estudava e, para nossa surpresa ali estava um irmão dele, assim, obtida as informações, fomos até o local do encontro ver se encontrávamos os demais amigos que viriam de Lages, os quais ainda não haviam chegado, em seguida fomos à casa de Robson onde conhecemos sua família, que por sinal muito amável e hospitaleira logo nos colocaram a disposição um quarto para dormirmos e ainda por cima nos convidaram para comer uma deliciosa lasanha.

De volta ao encontro, fomos encontrar o Sabiá e seu grupo pertencentes ao MC OS CAMUNDONGOS DO ASFALTO de Lages, que já haviam chegado, e já estavam montando acampamento e a churrasqueira de onde beliscávamos um ótimo churrasco.

Como em todo evento de motociclismo que ocorre na região serrana, lá estavam o ELTON e a IARA com sua pequena afilhada, e logo o Elton veio nos dizer que seus sogros o Olnei e a Terezinha também estavam vindo de Laguna, o que a principio não acreditamos, pois até nossa saída eles não haviam falado da intenção de irem até Urubici. Melhor assim, pois ele estava trazendo um petisco que os camundongos adoram: camarão.

O evento foi realizado no parque agropecuário um pouco fora da cidade, mas nem por isto deixou de ser prestigiado pela população local e muito menos pela galera dos MCs, que vieram das mais diversas localidades do estado, marcando presença com suas maquinas de duas e três rodas.

Após comer aquela lasanha, fomos dormir e, no dia seguinte não antes de tomar um ótimo café, nos despedimos de Robson e seus pais e voltamos a dar uma passada pelo evento e a seguir partimos pela SC 439 em direção a BR 282 rodovia pela qual fomos até Alfredo Wagner, este trecho todo em asfalto.

O RETORNO

Como a nossa intenção desde o principio era de percorrer caminhos diferentes, o nosso retorno se deu por Alfredo Wagner, local onde iniciamos um trajeto por estrada de chão passando pelas comunidades do rio Caeté e maracujá, chegando a Anitápolis. Este trajeto nos proporcionou diversas paisagens de propriedades rurais, rios e quedas d’água que despencam pelos paredões de rochas que marcam a região que entremeia a serra e o litoral

Alfredo Wagner


De Anitápolis nos dirigimos a Rio fortuna passando por Santa Rosa de Lima.

De Rio Fortuna, poderíamos seguir por asfalto até Braço do Norte e completar a viagem seguindo a Gravatal, Tubarão e enfim Laguna, mas optamos por percorrer mais um trecho de estrada de chão até São Martinho o que não foi em vão, pois encontramos novamente locais excelentes para o lazer, ao lado de belas cachoeiras.

A viagem já estava chegando ao fim, de São Martinho fomos até Bom Jesus em Armazém e de lá refizemos o trajeto de Rodeio, São Tomas (Imarui) até Laguna, onde encerramos esta pequena aventura, junto a nossa família.

O PROXIMO ENCONTRO

Para o próximo encontro, em Tubarão, patrocinado pelo grupo dos BAGRES DO ASFALTO, pela distancia, algo em torno de 25 km, não terá muita graça em relação ao trajeto, mas para aumentar a emoção talvez iremos atravessar o canal da barra de balsa, passando pelo farol de Santa Marta e camacho até Tubarão.













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